Monitoramento de pacientes com Covid-19 em Juiz de Fora.
Desde maio venho buscando informações junto à Secretaria de Saúde sobre o monitoramento de pacientes com Covid-19 em Juiz de Fora. Segundo todos os fluxos de manejo clínicos de pacientes preconizados pelo Ministério de Saúde, a responsabilidade de monitorar o paciente com síndrome gripal ou com coronavírus em isolamento domiciliar é da Atenção Primária em Saúde através das Unidades Básicas de Saúde. Pacientes do grupo de risco devem ser monitorados por telefone a cada 24 horas e os demais a cada 48h segundo as recomendações do Ministério.
Cumprindo meu papel de fiscalizador, visitei com minha equipe os postos de saúde e constatei que as unidades não recebiam a informação sobre quais pacientes monitorar. Em 15 de maio levei o resultado da pesquisa ao Secretário de Saúde que reconheceu a falha no fluxo de informações às UBSs e garantiu que realizaria as mudanças necessárias para garantir o monitoramento dos pacientes e anunciou a contratação de 163 agentes de saúde para atuação nos postos tradicionais e áreas descobertas.
Em 28 agosto, após receber novas reclamações sobre a ausência ou deficiência no monitoramento dos pacientes em nossa cidade, apresentei um pedido de informação à Prefeitura sobre esse monitoramento, número de casos por bairro, as ações estratégicas de saúde promovidas junto às Unidades Básicas de Saúde nos bairros que mais apresentaram casos de Covid-19, número de profissionais atuando na unidades básicas de saúde e profissionais da Equipe de Saúde da Família – já que muitos deles estavam afastados por serem do grupo de risco – e solicitando informação sobre o procedimento padrão de acompanhamento dos pacientes.
Por ser um pedido de informação relacionado à pandemia, o Executivo teria no máximo quatro dias para responder a essas questões, mas já se passaram 51 e não obtivemos nenhuma resposta. Cumpre ressaltar que ao isolamento domiciliar é uma das premissas fundamentais para o combate à pandemia. Nesta faz e a orientação ao paciente e seus familiares – que também devem ficar isolados – pode contribuir imensamente para redução da contaminação de outras pessoas, diminuindo a curva de casos confirmados. Fica então a pergunta: se o trabalho está sendo realizado, qual a dificuldade de apresentar essas informações à Câmara Municipal e divulgá-las à população?